Palavra Pastoral

Os Celeiros de Sal Não Podem Estar Vazios: A Responsabilidade do Cristão como Conservador da Verdade
Publicado em 08/07/2022

Os Celeiros de Sal Não Podem Estar Vazios: A Responsabilidade do Cristão como Conservador da Verdade.

Por Pr. Marcos Ivan

 

 

“Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte”.

Mateus 5:13-14

 

O Sal da Terra e a Luz do Mundo

Nos tempos de Jesus, o sal tinha grande valor na sociedade. Na Roma antiga, ele era utilizado até como forma de pagamento — daí a origem da palavra “salário”. Durante séculos, foi moeda e mercadoria escassa, especialmente no interior da Europa.

Sua principal utilidade era conservar alimentos, impedindo a deterioração e o mau cheiro. Jesus, ao utilizar o sal como metáfora, sabia que sua audiência compreenderia a profundidade da analogia. Hoje, diante da variedade de temperos industrializados, esse exemplo pode parecer distante para muitos. No entanto, o sal ainda mantém uma importância vital: ele conserva e dá sabor.

Além disso, do ponto de vista científico, o sal possui equilíbrio em sua composição. O sódio é essencial para a saúde, pois regula o equilíbrio hídrico e contribui no transporte de oxigênio e nutrientes no organismo. Assim como o sal é necessário ao corpo físico, o Espírito Santo é indispensável ao espírito do homem. Ele nutre, equilibra, comunica-se com a alma regenerada e evita a corrupção espiritual que o mundo tenta introduzir nos corações.

A podridão do mundo ainda não consumiu a terra porque os cristãos permanecem em meio a ela, combatendo o mal com o amor e com a Palavra de Deus. Mesmo que as águas estejam amargas, como em Mara, alguns poucos podem transformar realidades insalubres — porque o Senhor purifica as fontes onde há filhos atuando como sal.

Em 2 Reis 2:19-22, o profeta Eliseu purificou uma fonte contaminada usando apenas uma tigela com sal. Essa imagem poderosa pode ser aplicada às igrejas — “tigelas” cheias de sal, com cristãos puros e comprometidos, capazes de eliminar o mal que mata e contamina. A atuação desses servos restaura, cura, transforma e salva.

Nossa influência espiritual no mundo é dupla: como sal, devemos conservar e dar sabor; como luz, devemos brilhar e dissipar as trevas. O mais belo é que apenas pequenas quantidades são necessárias para produzir resultados profundos. Mas para isso, os “celeiros de sal” precisam estar abastecidos — nossa vida espiritual não pode estar vazia.

Parafraseando John MacArthur, o sal trabalha de forma invisível, enquanto a luz atua visivelmente. O sal influencia internamente — misturado ao alimento, ele desaparece, mas transforma o sabor. A luz, por sua vez, atua externamente, iluminando o ambiente à sua volta.

Essa analogia mostra que o sal representa a influência do evangelho por meio do nosso caráter e conduta, enquanto a luz representa o testemunho visível das boas obras. O sal age a partir de dentro; a luz, de fora. O sal fala da essência, a luz da expressão.

Ser sal da terra exige pureza. Ser luz do mundo exige testemunho. Brilhar não é apenas um símbolo — é a manifestação real de quem vive em santidade. As boas obras não são adorno, mas consequência de uma vida que reflete a presença de Deus.

Tiago, irmão do Senhor, reforça essa ideia:

“Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos.” (Tiago 1:22)

Quando colocamos em prática o que aprendemos, iluminamos o ambiente à nossa volta e influenciamos corações com sabor celestial. Nossa presença impede a corrupção, promove vida e revela o caminho ao Pai.

Enquanto houver homens e mulheres dispostos a obedecer a Deus — mesmo em número reduzido — haverá esperança para o mundo. Afinal, não é necessário muito sal para conservar e temperar; o poder do sal está na sua concentração, não na sua quantidade.

Nas mãos de Deus, poucos de nós podem restaurar fontes e mudar o destino de gerações. Por isso, o desafio é manter os celeiros espirituais — os celeiros de sal — sempre cheios, preparados, consagrados. Que não nos falte sal. Que não nos falte entrega. Que não nos falte influência silenciosa e luz resplandecente.

Esforcemo-nos para manter os celeiros de sal sempre cheios!

 

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